segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Um mundo imperfeito, com pessoas imperfeitas em busca de se completarem.

Estamos sozinho na multidão. Perdidos em meio a prédios, tecnologia e ferramentas que nos prometem aproximação.
Essa é a premissa de Medianeras, filme argentino, que reforça para mim a qualidade evidente do cinema hermano.
Somo como remendos e correções temporárias que no final se tornam permanentes, nas fachadas de uma grande metrópole, procuramos por alguém tão imperfeito quanto nós mesmos em uma busca para a cura de nossa doença, chamada solidão.
Com personagens complexos e bastante deslocados no mundo que foram inseridos, o filme nos prende, expondo nossos defeitos e fraquezas, que são refletidos nessas personagens.
Estamos sempre juntos, embora não nos percebemos em nossa eterna busca pela nossa metade. Buscamos longe o que pode estar ao nosso lado, sem ao menos parar para  observar à nossa volta.
Vale à pena assistir e refletir à medianeras.

Um filme epecial

Tem filmes e tem filmes. Hoje eu assisti a um filme que ficou perdido em meu HD por uns 2 meses. Tinha pra mim que ele podia ser um filme divertido, mas não esperava mais do que aquele tipo de filme já batido do homem que se torna pai do nada e tem que lidar com isso de forma atrapalhada.
Me arrependo profundamente, não de tê-lo assistido hoje, mas de não o tê-lo feito muito antes.
Que filme! Engraçado demais, profundo e quebrantador, ou como uma grande amiga descreveu-o, humano.
Com certeza entrou para um dos filmes da minha vida. Chorei demais e continuo a chorar enquanto posto este comentário.
Quem quiser algo diferente e ao mesmo tempo tão pessoal e intimo, assista  a ” não aceitamos devoluções”, a história de um homem que escolheu amar alguém mais do que qualquer coisa, mais do que o seus medos, mais do que a si mesmo. Com certeza a experiência não será devolvida e ficará encalacrada na alma.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

laços

Hoje acordei pensando em amigos antigos, que o tempo e a distância fizeram com que os contatos fossem perdidos e os caminhos apagados. Procurei-os, da melhor forma que se pode procurar algo hoje, em uma busca no google, google plus e no facebook. Sem sucesso. Cheguei a apelar e entrei em minha conta, moribunda, abandonada e quase esquecida, do orkut, mas nada também.
É estranho como muitas grandes amizades são deixadas para trás com o tempo, não sobrando nada mais que lembranças já nubladas pelo esquecimentos e com certas dúvidas de que as memórias são realmente verdadeiras. Isso me faz perguntar, quantas marcas no mundo a gente realmente deixa em nossa passagem pela terra? Por quanto tempo seremos lembrados? E quão profundo são os laços que estabelecemos?
Uma vez eu li, ou ouvi, não sei ao certo, uma reflexão, que até hoje me assombra. Quando eu morrer, o que será inevitável em sua hora, e as pessoas que me conheceram, mesmo as com maior profundidade de relações, morrerem também, que provas existiram que eu de fato nasci, existi, andei pela terra, vivi nesse mundo? Que marcas eu deixei? O que de tão importante eu construí e como contribuí para o mundo? O  esquecimento de mim, ocorrerá em dias, meses, anos, décadas ou algo além disso?